segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

PARA A DEGUSTAÇÃO DE MEUS VISITANTES.

- É coisa dele! O demônio mandou seus animais contra nós!
Com este grito, Amaychita segurou sua montaria que empinava tentando recuar, pois o ruído das lacraias e dos escorpiões avançando em direção a eles a assustava.
- Tochas! - Gritou Katagiri para sua companheira. Ela lhe lançou duas e ele desceu do cavalo, mantendo-o preso pelas rédeas. Acendeu as tochas na que Amaychita tinha prendido em uma das frestas da galeria, quando ali passara anteriormente e, varrendo o solo com o fogo, foi queimando e afastando os bichos peçonhentos de seu caminho. Amaychita vinha atrás fazendo a mesma coisa. O conde, porém, não estava disposto a deixar que eles saíssem da gruta. Queria a tantô que podia causar-lhe a morte. Precisava pôr as mãos na arma. Sem ela, qualquer um ficaria à sua mercê. Então, fez que do teto da galeria começassem a cair aos bolos tanto escorpiões venenosos quanto enormes lacraias, das quais uma única picada poderia matar até mesmo um cavalo. As montarias empinaram e arremeteram para a frente tomadas de pânico e foi preciso muita habilidade e rapidez de ambos para conseguirem montá-las e se segurar em suas crinas a fim de não caírem. Simultaneamente, tanto Amaychita quanto Katagiri coçavam-se desesperadamente para conseguir lançar de si os insetos peçonhentos que continuavam a chover do teto às centenas. As tochas varriam os lombos dos cavalo, queimando lacraias e escorpições e os fazendo cair ao solo, sobre os outros. Mas os cavalos tombaram mortos pelas picadas das lacraias e os dois foram lançados ao solo, a menos de meio-metro da maré de insetos asquerosos. Rolando pelo chão e sem largar as tochas, o casal se pôs de pé e disparou correndo em direção à saída da caverna. Faltava menos de cinquenta metros, mas a eles dois parecia que eram mil. No entanto, do teto nao mais caíam aqueles bicahrocos malditos e os do solo não podiam acompanhar a velocidade da corrida dos dois parceiros. Já alcançavam a grande boca da galeria, quando um vulto envolto em uma estranha capa de gola alta surgiu de pé, diante deles.
- Bravos, senhores, bravos! - disse aquela estranha aparição. Amaychita e Katagiri sustaram a corrida e ergueram as tochas acima de suas cabeças para enxergar melhor. Estavam frente a frente com o demônio em pessoa.
- Em respeito à coragem e à tenacidade de ambos, proponho um acordo. Eu vos deixo ir livremente, mas me entregai a tantô mágica que trazeis convosco.
- Nós não portamos nenhuma tantô mágica - respondeu Katagiri em voz alta. O samurai não demonstrava na voz o medo que estava sentindo.
- Ora, ora, ora. Não menosprezeis minha inteligência, amigos. Isto me faz irritado e não sou bom quando me irrito. Então, vamos deixar de conversa tola. Entregai-me a tantô e podeis seguir viagem. Afinal, não é por vós que me interesso. Pod ser que, no futuro, nós nos encontremos novamente. Aí, dependendo da situação, vós sereis meus convidados para o.... Repasto.
Os dois amigos se olharam. Não faziam idéia de como o Conde podia ter tomado conhecimento de que eles levavam a tantô de que falara, mas quem quer que fosse que lhe dera a informação, estava enganado e o induzira em erro.
- Eu fico e luto com ele enquanto tu foges - propôs o samurai.
- Ou vamos juntos, ou ficamos juntos. E isto não se discute - retorquiu a kunoichi decidida.
- Ninguém vai a lugar nenhum sem meu consentimento. E como vós perdeis tempo tentando uma reação impossível, decido eu o que fazer. E vou dizê-lo a vós. Vou atacar-vos, tomar a tantô e beber o sangue de ambos. Estais Prontos? Então... Lá vou eu!
Num átimo um grande morcego vampiro grudou-se em Amaychita...
A CONTINUAÇÃO VOCÊ, LEITOR, SÓ SABERÁ SE COMPRAR O SEUNDO VOLUME DESTA COLEÇÃO.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

HISTORINHAS DO CONDE PARA VOCÊ REFLETIR

PRIMEIRA - Era um jovem de vida arrumadinha. Não fazia o tipo "ligadão" nos acontecimentos nem nos modismos. Trabalhava e estudava e se sentia feliz. Um jovem como qualquer outro, o tipo que "mamãe" acha "o melhor menino do mundo". Mas, como todos os demais, ele não sabia que no íntimo de seu ser o Conde Mogkull jazia em morte latente, esperando o momento de despertar. Um dia, quando o rapaz descuidado cruzou com uma linda moça, de olhar inocente e ao mesmo tempo convidativo; de sorriso cativante; de corpo escultural; uma jovem em que tudo nela era sensualidade e inocência, o vampiro estrebuchou e abriu os olhos no esquife que jazia no íntimo do rapaz. O jovem não sabia, mas a partir daquele momento tornar-se-ia o escravo do vampiro. Este, desperto, logo desejou "morder" a jovem inocente. E o rapaz foi lançado como um desesperado à caça da vítima... Final da história: ele a matou em nome do "amor" que lhe devotava e que ele acreditou cegamente que não era correspondido. Condenado à prisão, o jovem amarga o sofrimento de uma cela imunda, superlotada e cheia de sub-humanos. No seu íntimo, Mogkull gargalha, feliz...

ONDE ESTÁ O CONDE MOGKULL, HOJE?

Em toda parte. Estranhou a resposta? Pois bem, você vai estranhar mais ainda quando eu lhe disser que ele está até mesmo dentro de seu íntimo. Dorme um sono sem sonhos, mas isto não significa que não esteja ligado nos seus pensamentos para os influenciar e levá-lo a cometer desvarios mórbidos. Se em você ele ainda não despertou, reze para que jamais o faça. Veja, você já ouviu falar de José Arruda? O político de Brasília que diz que em todo Natal distribui Panetone? Com toda a certeza. Pois bem, nele, o Conde Mogkull se manifestou com toda a potência. E fez logo uma dezena de "escravos" que, agora, o defendem com unhas e dentes. É difícil matar o Conde. Ele se manifesta onde menos se espera. Na cadeira de Presidente do Senado nós o encontramos entronado. Nem Jesus tira o demônio dali. O Conde não tem face e tem todas as faces que deseja. Então, quando você se olhar no espelho de seu banheiro, com toda a certeza pode estar vendo por detrás de sua face social, a face demoníaca olhando-o por detrás, com um sorriso perverso, pronto para se manifestar. Não permita. Mantenha a tampa do esquife vedada, senão...

VEJA O ENDEREÇO ABAIXO

Na página de relacionamento do orkut você encontra outra página "asombraqueveiodassombras". Hà um montão de gente que pode teclar com você e comentar sobre o livro. Vá lá.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

POR QUE MOGKULL É DA CRACÓVIA?

O conde podia ser de qualquer país. Como tem morte eterna (ELE ESTÁ MORTO NA TERRA, MAS VIVE NO LIMBO), então, quando retorna, adota qualquer cidadania que lhe convenha e onde a Lei do Carma tenha criado condições para isto. Mas, aqui entre nós, seu começo se deu no antiguíssimo Egito... Bom, mas isto é outra história que vocês lerão num futuro não muito longínquo. Tentem advinhar o que ele era naquele tempo. Só por diversão... Quem sabe, alguém adivinha...

COMO NASCEU O CONDE MOGKULL?

Bom, é complicado. Mogkull nasceu de um tremendo pesadelo que o autor teve, aos 16 anos, após assistir à estréia do filme O VAMPIRO DA NOITE. Aquele era um vampiro como manda o figurino. Sem dores de consciência; sem amor; sem piedade; sem nada de bom. Ele passou a pertencer ao acervo do inconsciente coletivo do autor. E este, via sua ação nas crueldades das guerras; nas crueldades dos bandidos dos morros do Rio e de São Paulo; nas mortes sem sentido nos assaltos cometidos por pessoas desalmadas... Mogkull é a síntese da maldade que gerencia a vida do homo sapiens sapiens moderno. Vez por outra ele se apresenta na forma de um Presidente importante, como foi o caso de W. Bush... Outras vezes está na pele de um terrorista... Ou de um religioso sem vergonha que vende Deus aos pedaços... Enfim, Mogkull é o demônio que cada um ser humano guarda dentro de si e que, um dia, pode manifestar-se de modo infernal.